Fale no WhatsApp
O fim da internet como conhecemos

O fim da Internet como conhecemos

O fim da internet como conhecemos

A internet sempre foi construída sobre protocolos de comunicação entre humanos. HTTP, HTML, e-mails, redes sociais e SaaS: todos esses elementos nasceram com foco em interfaces para pessoas. Foi assim que empresas cresceram, consumidores se acostumaram e a transformação digital se consolidou.

Mas estamos entrando na maior revolução digital desde o nascimento da própria web: a era dos agentes de inteligência artificial. Nela, a lógica deixa de ser “um humano acessando uma interface” para se tornar “um agente acessando e resolvendo para o humano”.

Isso significa que a própria internet, tal como conhecemos, será redesenhada para máquinas.

O novo protocolo: de humanos para agentes

Se o HTTP foi o “cimento” da internet, agora precisamos imaginar protocolos onde IA conversa com IA. Agentes digitais autônomos trocarão informações entre si para realizar tarefas que hoje exigem navegação manual.

  • Hoje: você entra em sites, compara preços, preenche formulários.
  • Amanhã: um agente faz isso em segundos, consultando dados estruturados de múltiplas fontes, tomando decisões e executando ações.

Esse shift exige que empresas se preparem para serem interpretadas por agentes e não apenas visualizadas por usuários.

HTTP/2 e HTTP/3 continuarão sendo o transporte dominante. A web já resolve problemas críticos (infra, roteamento, segurança, cache, observabilidade) e possui um ecossistema maduro (CDNs, gateways, WAF, mTLS, OAuth). Recriar isso do zero seria ineficiente.

O que muda não é o transporte, é a semântica:

  • Content-types e contratos orientados a agentes (ex.: application/agent+json) com intents, affordances (o que pode ser feito), capability negotiation e eventos.
  • Descoberta via /.well-known/agent.json…, metadados semânticos (JSON-LD/Schema.org) e manifests de ferramentas/serviços.
  • Eventos em tempo real por webhooks, SSE ou WebSocket (e MQTT quando IoT fizer sentido).

No longo podem surgir camadas complementares (ex.: um “Agent Transport/Trust Layer”) padronizando identidade de agentes, delegação de consentimento, reputação e provas de execução. Mas a melhor aposta prática hoje é: HTTP + padrões abertos (OAuth2.1/FAPI, OpenAPI, JSON-LD).

O site ainda importa? Mais do que nunca

Muitos acreditam que com IA e superapps, sites perderão relevância. O que acontece é o oposto: eles se tornam ainda mais estratégicos, mas sob uma nova ótica:

  • Um site comum (cheio de imagens pesadas, pouco estruturado e sem arquitetura de dados) já não basta.
  • O que passa a ter valor é o site como infraestrutura cognitiva, com APIs, dados semânticos, taxonomias claras, estrutura de metadados, JSON-LD, schema.org, microdados e grafos de conhecimento.

Você acha que sou eu quem está dizendo isto?

A Gartner projeta que, até 2028, um terço dos softwares corporativos incluirá agentes autônomos, e 15% das decisões diárias serão tomadas por eles, contra quase zero em 2024.

Em uma pesquisa feita pela EMARKETER, C‑levels americanos: 74% já esperam que agentes de IA desempenhem papel em seus negócios em 2025.

Segundo o site DemanSage, 68% das experiências online começam pela busca. Hoje, mais de 90% das buscas globais são pelo Google. Nos EUA, responde por 63,4% do tráfego de referência. A visibilidade otimizada continua essencial. Mesmo que a presença via IA (por exemplo, “AI Overviews” do Google) reduza cliques, quando o usuário visita é geralmente mais qualificado, e essas aparições subiram 22% em um ano.

Isso confirma que estar presente e “legível”, seja para humanos ou IAs, é decisivo, especialmente em um mercado onde agentes mediam busca, comparação e compra.

Isso cria um divisor de águas: ou sua empresa é encontrada, compreendida e utilizada por esses agentes, ou ela simplesmente deixa de existir digitalmente.

O risco do “padrãozinho”

Aqui está o grande ponto: não adianta ter um site “feito por quem faz site a rodo”.

  • Sites “padrão”, sem arquitetura técnica avançada, não conversam com agentes.
  • Layouts bonitos mas sem camada semântica e sem APIs bem estruturadas são como fachadas de loja fechada: chamam atenção, mas não abrem a porta certa.
  • A ilusão do “site barato” pode custar caro, porque ser invisível para agentes será como não existir para clientes.

Ter um site não é mais “ter uma página na internet”. É ter uma base de dados acionável, estruturada e viva que agentes possam consultar.

Neste cenário, empresas precisam de parceiros estratégicos, não de “fazedores de site”.

  • Especialistas entendem não apenas design, mas infraestrutura, semântica, interoperabilidade e inteligência de dados.
  • Não basta entregar um “site no ar”: é necessário pensar em como esse site será lido por buscadores, interpretado por IA, conectado a APIs e grafos de conhecimento.
  • Um verdadeiro especialista prepara sua empresa para o futuro da web, garantindo resiliência e protagonismo digital.

Como Demis Hassabis (DeepMind) destacou, agentes de IA podem ser mais transformadores que a internet em si. Se isso é verdade, o site deixa de ser uma vitrine e passa a ser o porto de entrada dos agentes, ativo estratégico que precisa ser planejado, construído e mantido por quem entende o jogo maior.

O que muda para as empresas

  • SEO evolui para “Agent Optimization” (AEO): otimizar para buscadores não basta, é preciso otimizar para agentes de IA.
  • A visibilidade deixa de ser humana: não importa só como seu site aparece no Google, mas como é interpretado pelo modelo de linguagem que decide quais fontes consultar.
  • O invisível se torna central: a beleza da interface é secundária; o que importa é a estrutura de dados por trás dela.

É inevitável esta transição. Não lute.

Estamos presenciando aos poucos o fim da internet como conhecemos. Não desaparecerão sites, apps ou SaaS. Quem está falando isto quer só holofote com suas teorias de fim de mundo. Porém, eles se tornarão camadas invisíveis de um ecossistema onde agentes são protagonistas.

A pergunta não é se essa transformação vai acontecer.

É: seu site está pronto para ser compreendido por agentes de IA? Empresas que investirem em estratégia digital com especialistas, e não em soluções padronizadas e superficiais, não apenas sobreviverão, elas liderarão a próxima década da experiência digital.

.comentários

Newsletter!

Cadastre o seu e-mail e
receba as nossas novidades

    O e-mail é salvo em banco de dados para consulta futura.
    Este site é protegido pelo reCAPTCHA e se aplica a Política de Privacidade
    e os Termos de Serviço do Google.