Impacto do Geotagging em Rankings de Perfis Empresariais no Google

Publicado em 26/03/2025 às 10h43, por: Rodrigo Neves
Geotagging, a prática de adicionar coordenadas geográficas aos dados EXIF de uma imagem, tem sido debatida há anos entre os profissionais de SEO. Um estudo recente, conduzido ao longo de 10 semanas, avaliou o impacto dessa técnica no ranking de perfis empresariais no Google para buscas locais. Os resultados trouxeram novas perspectivas sobre como esse fator pode influenciar as consultas ‘perto de mim’.
As imagens com geotagging mostraram um efeito positivo e estatisticamente significativo nas classificações para consultas ‘perto de mim’, especificamente nas áreas especificadas pelas coordenadas do EXIF. Porém, curiosamente, o estudo indicou uma diminuição nas posições de buscas que mencionavam diretamente o nome de cidades específicas durante o mesmo período.
Quando os dados EXIF foram direcionados para Salt Lake City, Utah, por exemplo, a consulta por ‘[serviço de jardinagem perto de mim]’ experimentou um aumento acentuado na classificação. Em contrapartida, buscas diretas como ‘[serviço de jardinagem salt lake city utah]’ apresentaram, em média, quedas na classificação. Isso provocou um novo olhar sobre quando e como o geotagging pode ser utilizado para potencializar a presença digital de uma empresa.
O debate sobre geotagging
Há uma longa história de discussão sobre a eficácia do geotagging na melhoria do ranking de Perfis Empresariais do Google. A teoria sugere que, quando imagens com dados de localização EXIF são carregadas em perfis empresariais do Google, a plataforma poderia usar isso como um sinal de classificação. Contudo, essa teoria encontrou oposição principalmente porque os dados EXIF podem ser facilmente manipulados usando editores gratuitos.
John Mueller, do Google, declarou em um tópico no Reddit que não há necessidade de geotagging para SEO. A citação de Mueller foi reafirmada várias vezes, já que ele mesmo afirmou desconhecer detalhes específicos sobre as operações dos Perfis Comerciais do Google.
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Metodologia do estudo
Para este estudo, 27 clientes do setor de jardinagem foram analisados, com esforços de SEO pausados para focar exclusivamente no teste. Cada cliente adicionava duas imagens por semana ao seu perfil, com EXIF modificados para apontar para diferentes pontos de serviço, mas mantendo as áreas especificadas afastadas para evitar influências cruzadas.
Foi estabelecido um período de controle para garantir que qualquer variação nas classificações pudesse ser atribuída diretamente à presença de dados EXIF georreferenciados. A testagem revelou que geotagging influenciou positivamente apenas as consultas ‘perto de mim’, enquanto outras categorias de buscas não mostraram impacto significativo ou até mesmo reduziram a classificação.
Conclusões e insights práticos
O estudo destacou que a utilização de geotagging favoreceu somente buscas ‘perto de mim’, sugerindo que estes dados podem beneficiar a descoberta em buscas locais específicas, mas apresentando desafios em termos de consistência em áreas mais amplas. Segundo a pesquisa, o investimento em uploads massivos de imagens pode ser necessário para cobrir eficazmente várias áreas, mas isso pode ter efeitos colaterais, como a redução da qualidade do conteúdo visual no GBP.
Com base nos resultados, a recomendação é que se priorize fotos de alta qualidade e outras estratégias de otimização local que possam oferecer benefícios mais significativos e duradouros para o ranqueamento de perfis locais do Google. Assim, novas abordagens para a incorporação de geotagging são encorajadas, mas acompanhadas de estratégias mais abrangentes e cuidadosas.
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